23.6.11

wishing you were somehow here again

You were once my one companion
You were all that mattered
You were once a friend and father
Then my world was shattered

Wishing you were somehow here again
Wishing you were somehow near
Sometimes it seemed if I just dreamed
Somehow you would be here

Wishing I could hear your voice again
Knowing that I never would
Dreaming of you won't help me to do
All that you dreamed I could

Passing bells and sculpted angels
Cold and monumental
Seem for you the wrong companions
You were warm and gentle

Too many years fighting back tears
Why can't the past just die?

Wishing you were somehow here again
Knowing we must say goodbye
Try to forgive, teach me to live
Give me the strength to try

No more memories, no more silent tears
No more gazing across the wasted years
Help me say goodbye
Help me say goodbye

17.6.11

Little things

O que faz de um bom dominador um bom dominador? Alguns diriam que é a quantidade de estudo BDSM que ele tem, outros diriam que ser um Dominador é algo simplismente nato e muitos até diriam que é relativo. Posso até estar errada, mas, para mim, o bom Dominador é aquele que dá o que a sua submissa precisa, extamente no momento em que ela precisa (mesmo que ela não compreenda a necessidade naquele momento).
Dar o que a submissa precisa é talvez o maior desafio no BDSM. A necessidade pode ser uma boa sessão de agulhas, ou uma boa sessão de dogplay, mas também pode ser uma enorme bronca ou até um beijo na testa simplismente. Sim, ser um bom Dominador é saber agir nos momentos simples e complexos lendo o que torna o Dominador dominante de fato: sua submissa.
E é por isso que eu vim aqui hoje, porque eu queria tornar público algo pequeno (para mim foi enorme) mas especial. E dizer, que é esse tipo de coisa que ganha uma submissa de verdade. Essa semana não dormi nada, não estou com problemas (alias, problemas todos nós temos, mas nada me incomodava demais) mas a insônia resolveu que ia deixar minha vida de pernas pro ar. Lutei comigo 4 dias até que minha Dona disse: vem que a gente te faz dormir.
Parece simples: Deitar e ser aninhada até dormir. Talvez as pessoas do BDSM não vejam isso como BDSM, bom, não posso culpa-las, porque eu também não via até ser do Senhor Etrom e da Senhora Eve. Mas o que é uma sessão? Apanhar? Ser feita de bichinho? Chamar de Senhor e Senhora? Pra mim foi uma sessão de cuidado, e vou confessar, talvez a mais quebradora de limites que eu já vivi. E foi simplismente maravilhoso. Acho que faziam anos que eu não dormia tão bem. Sono leve, quente e sem pesadelos. Só dormir....
Existem várias formas de se ganhar uma submissa, e, se é que isso é possível me sinto Deles cada dia mais. E sim, Eles são bons Dominadores, e me dão o que eu preciso, no momento em que preciso, mesmo quando eu não compreendo isso. Esta observação vale para uma boa sessão, boas risadas, boas broncas ou simplismente um copo de suco ao inves do bom e velho refrigerante.
Eu olho para o resto do BDSM, para as pessoas e para tudo que acontece a minha volta e me sinto em um mar de calmaria, ancorada em um porto, apreciando meu cais enquanto os outros navios se lançam furiosos ao mar. E o que mais posso dizer? As coisas mudaram para melhor e vão melhorar cada dia mais. Sinto orgulho da minha coleira, dos meus Donos, do nosso SM.
Obrigada Donos.

5.6.11

O mundo da faith fox

As vezes as pessoas me perguntam: Mas porque sadomasoquismo? É engraçado. Nunca colecionei selos e nunca gostei de bonecas barbie. Talvez, como todas as coisas você tenha que nascer com certa aptidão para ser BDSMer. Talvez, todo BDSMer já nasça BDSMer.
Quando a faith fox nasceu - a quase 4 anos atrás - eu me senti como no nascer de um novo mundo. Acho que todos sentimos isso desde crianças. Todos queremos a possibilidade de, as vezes, não ser simplismente a "maria" ou o "joão". A faith fox nasceu como minha própria roleta de possibilidades. Com ela, tudo é possivel, criável e excitante.
Não me vejo sem a submissa. E ai de quem me falar que é impossível viver a submissão 24 horas por dia, 7 dias por semana. Claro, prioridades acontecem. Quando eu vou trabalhar ou passar um dia com a família, a faith fox não deixa de estar comigo. E como poderia, não é mesmo? Somos a mesma pessoa! Nesses momentos, a fox fica apenas em segundo plano, assim como em outros momentos eu mesma fico em segundo plano. E dessa forma, nunca deixo de ser eu, mas também nunca deixo de ser a fox.
É nessa mágica que a criação do mundo do BDSM nasce. É de olhar no rosto das pessoas que trabalham com você ou que você encontra no supermercado e pensar: Ah, se elas soubessem!
Não, não me sinto superior ou melhor que ninguém. Sinto-me apenas capaz e feliz o suficiente para assumir minhas fantasias, vivê-las e não ter medo do que sou. Sim, sou submissa, masoquista e bissexual, e adivinha só...ninguém tem nada haver com isso. Talvez por isso que as pessoas do BDSM sintam-se tão bem consigo mesmas. Por se aceitarem e viverem meus lados mais sombrios e macabros de uma forma tão divertida e responsável.
E as possibilidades são sim infinitas. Quando penso na fox e no que posso fazer com ela, penso até mesmo de pular de paraquedas na Patagônia totalmente nua no inverno. Penso simplismente em ir além, em ser e fazer alguém feliz. Dividir sonhos, fantasias e algumas loucuras.
Se em algum momento sou baunilha? Acho que não. E sei que não há volta. A faith fox sempre fará parte de mim, mesmo quando eu já for tão velhinha que a fox seja apenas uma memória agradável de tudo o que um dia eu fui capaz de viver. E ela sempre será motivo de orgulho. Vida, é isso que a fox significa pra mim, ela é vida.